segunda-feira, 1 de abril de 2013

Educar jovens e adultos: o resultado vem da vivência de cada aluno

Olá professores,
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O artigo a seguir é assinado por: Deise Teresinha Radmann Cunha

O homem nasceu para ir além de si mesmo. Em suas infinitas possibilidades de ser estão plantadas as sementes da mudança constante,, do crescimento, da ampliação da consciência, da lucidez dos sentimentos e do poder de ser o que realmente é. (LUCCA, 2001, p.9)

Sabendo que o homem é um ser dotado de inteligência, acreditamos que ele possa sempre ir além dos desafios propostos. Essa capacidade de crescimento é natural de qualquer um de nós, basta nos ser dada oportunidades.
Os alunos das classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA) ao chegarem na escola possuem uma bagagem histórica de experiências e conhecimentos acumulados e reflexões sobre a sociedade em geral. É importante lembrar que o adulto se insere no mundo das relações interpessoais de uma forma diferente das crianças é essa visão diferenciada, que explorada da maneira correta, lhes permitirá avançar cognitivamente.

Para tanto, é preciso que as situações de aprendizagem levem em conta essas peculiaridades tão comuns em suas rotinas. Esse será o diferencial para uma maior capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre seus próprios processos de aprendizagem. No entanto a escola é um lugar privilegiado para transformar o indivíduo. Para que aconteça essa mudança é necessário que a sociedade mude. Pois essa ação ocorrendo apenas no indivíduo torna-se antissocial.

Conforme já nos dizia FREIRE: Uma escola que, continuando a ser um tempo-espaço de produção de conhecimento em que se ensina em que se aprende, compreende, contudo, ensinar e aprender de forma diferente. Em que ensinar já não pode ser este esforço de transmissão do chamado saber acumulado, que faz uma geração à outra, e aprender não é a pura recepção do objeto ou do conteúdo transferido. (FREIRE, 1997, P. 5)

Muito se têm discutido sobre as possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem dos jovens e adultos, uma vez que possuem peculiaridades em seu modo de funcionamento intelectual, em grande medida atribuíveis a sua falta de escolaridade anterior, mas também a características do modo de vida de seu grupo de origem. Assim, se esses adultos "não pensam de forma apropriada ou não são capazes de aprender adequadamente" , isso se deve a sua pertinência a um grupo cultural específico.

Subjacente a essa abordagem está uma postulação bastante determinista, que correlaciona, de forma estática, traços do psiquismo com fatores culturais que os determinariam. Porém esse fator não é motivo para que ocorra um trato infantilizado. Essa ideia equivocada nasce ao associar com o fato de querer se dar ao estudante o que ele não teve quando criança. Para que os alunos conquistem sucesso durante o tempo em que cursam a EJA, é preciso mudar a abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. Trabalhar com material didático adequado, levando em conta os conhecimentos prévios. Essa modalidade de ensino deve ser vista como um atendimento específico, com um currículo próprio. O educador deve se propor a ousar e em discussões científicas, ir além do que iria com uma criança. Cabe salientar que, embora haja a necessidade de se respeitar as vivências prévias para qualquer nível da escolarização, no caso de Jovens e Adultos, esse é um fator determinante.


Fonte:  http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/23069/educar-jovens-e-adultos-o-resultado-vem-da-vivencia-de-cada-aluno#ixzz2PFfStOm6

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