sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mobilidade espacial nas cidades com alunos da EJA

Aprender sobre a mobilidade espacial ajuda os estudantes a compreender a relação entre as políticas públicas e a paisagem urbana
(Fernanda Salla - publicado na revista Nova Escola)

Reclamações sobre o trânsito intenso e o tempo que se leva para ir de um lugar a outro são comuns em grandes centros urbanos. Quem nunca se atrasou para um compromisso ou teve de se programar com antecedência para chegar a um destino não tão longe do local de origem? Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em 2009 a população dos municípios com mais de 60 mil habitantes fez 58 bilhões de viagens (deslocamento da origem ao destino), gastando 21 bilhões de horas. Esses deslocamentos temporários feitos entre diferentes espaços, de casa ao trabalho, por exemplo, são chamados de mobilidade espacial e representam hoje um dos grandes desafios das cidades.

Abordar o tema em classe permite levar os estudantes a pensar criticamente os problemas urbanos (leia a sequência didática). "Percebemos que muitos não se situam bem na cidade nem sabem descrever com precisão o trajeto que fazem para ir de um lugar a outro. É algo comum com aqueles que saíram de sua cidade natal para viver nas grandes metrópoles, como há diversos casos entre os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA)", diz Carlos Eduardo Guimarães do Nascimento, professor de Geografia do Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Um estudo realizado em 165 cidades do mundo por Valério Medeiros, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), concluiu que as cidades brasileiras têm os piores índices de mobilidade. Florianópolis lidera o ranking, seguida por Rio de Janeiro.

Os problemas relacionados à mobilidade no Brasil ocorrem devido à falta de infraestrutura adequada e ao crescimento desordenado, que força a população a se afastar das áreas centrais, onde se concentram os postos de trabalho e as ofertas de serviços (leia o infográfico acima). "Isso é resultado de uma série de políticas públicas feitas ao longo da história - e movidas por interesses econômicos ou privados que priorizaram um modelo urbano que não favorece a maior parte da população", completa Nascimento.

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http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/mobilidade-espacial-cidades-geografia-espaco-urbano-617886.shtml

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