segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AVISO

Solicitamos que as articuladoras levem o horário/rodízio dos professores (que acontecerá até o final do ano) para a reunião de quarta-feira.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mobilidade espacial nas cidades com alunos da EJA

Aprender sobre a mobilidade espacial ajuda os estudantes a compreender a relação entre as políticas públicas e a paisagem urbana
(Fernanda Salla - publicado na revista Nova Escola)

Reclamações sobre o trânsito intenso e o tempo que se leva para ir de um lugar a outro são comuns em grandes centros urbanos. Quem nunca se atrasou para um compromisso ou teve de se programar com antecedência para chegar a um destino não tão longe do local de origem? Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em 2009 a população dos municípios com mais de 60 mil habitantes fez 58 bilhões de viagens (deslocamento da origem ao destino), gastando 21 bilhões de horas. Esses deslocamentos temporários feitos entre diferentes espaços, de casa ao trabalho, por exemplo, são chamados de mobilidade espacial e representam hoje um dos grandes desafios das cidades.

Abordar o tema em classe permite levar os estudantes a pensar criticamente os problemas urbanos (leia a sequência didática). "Percebemos que muitos não se situam bem na cidade nem sabem descrever com precisão o trajeto que fazem para ir de um lugar a outro. É algo comum com aqueles que saíram de sua cidade natal para viver nas grandes metrópoles, como há diversos casos entre os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA)", diz Carlos Eduardo Guimarães do Nascimento, professor de Geografia do Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Um estudo realizado em 165 cidades do mundo por Valério Medeiros, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), concluiu que as cidades brasileiras têm os piores índices de mobilidade. Florianópolis lidera o ranking, seguida por Rio de Janeiro.

Os problemas relacionados à mobilidade no Brasil ocorrem devido à falta de infraestrutura adequada e ao crescimento desordenado, que força a população a se afastar das áreas centrais, onde se concentram os postos de trabalho e as ofertas de serviços (leia o infográfico acima). "Isso é resultado de uma série de políticas públicas feitas ao longo da história - e movidas por interesses econômicos ou privados que priorizaram um modelo urbano que não favorece a maior parte da população", completa Nascimento.

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http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/mobilidade-espacial-cidades-geografia-espaco-urbano-617886.shtml

O desafio da geografia

Professores de Geografia/História, a Revista Istoé publicou uma matéria muito interessante sobre o reordenamento territorial/político de algumas regiões do mundo. A matéria é assinada por Rodrigo Cardoso. Mesmo sendo curta, a matéria traz informações importantes. Se desejarem ler a matéria completa copie e cole o endereço abaixo no seu navegador

http://www.istoe.com.br/reportagens/123938_O+DESAFIO+DA+GEOGRAFIA


Veja a reportagem (no site tem mais informações).

O Sudão do Sul será o país de número 193 do globo terrestre. Na segunda-feira 7, o anúncio do resultado de um referendo realizado no mês passado no Sudão revelou que 98,83% dos sudaneses do sul, negros cristãos em sua maioria, optaram pela separação do norte do país, composto por árabes muçulmanos. Em 9 de julho próximo, portanto, nascerá oficialmente o Sudão do Sul, o 54º país africano. Na Europa, nas últimas duas décadas, aproximadamente uma nação por ano tornou-se independente. Essa incrível dinâmica de transformações territoriais tem sido um desafio para o ensino da geografia. “Não podemos mais mostrar ao estudante o mapa fixo do mundo”, conta o geógrafo Rogério Haesbaert, da Universidade Federal Fluminense (UFF). O aluno fica desesperado para saber, por exemplo, sobre o conflito no Egito. E vive nos cobrando para abordarmos esse ou aquele assunto em sala, conta o professor de geografia Eduardo Torres Gomes, da escola Pueri Domus e do Anglo Vestibulares, de São Paulo.

Desde a queda do muro de Berlim, em 1989, uma combinação de fatores fez eclodir uma nova ordem mundial. Haesbaert, autor de “A Nova Des-ordem Msundial”, em parceria com Carlos Walter Porto-Gonçalves, cita a rearticulação do capitalismo, a desestruturação do ex-bloco socialista, a emergência do terrorismo globalizado e a convivência entre uma maior mistura de culturas e o fortalecimento de movimentos fundamentalistas como principais eventos. Tudo isso conferiu novos recortes à superfície do planeta para além da tradicional divisão em continentes ou em blocos capitalismo x socialismo. Hoje, o poder está mais descentralizado do Estado e vem de diferentes fontes. A atuação dos narcotraficantes, da rede Al Qaeda e das máfias divide a atenção com o novo papel de países como China, Rússia e Índia. “Há poderes (e territórios) paralelos”, diz Haesbaert. “Até mesmo a guerra passou a ser terceirizada e o Estado pode contratar milícias.”

Mais do que saber quais são os Estados que se unificam ou fragmentam, o aluno é compreender os processos em curso. “A minha obrigação é explicar as causas desses rearranjos de territórios. As consequências estão no noticiário da tevê”, conta o professor Gomes. Enxergar as disputas étnicas, de poder, riqueza e território para além dos livros didáticos é um trabalho mais árduo, porém aumenta o capital cultural. Uma necessidade do mundo de hoje.